quinta-feira, 23 de julho de 2015

Entrevista com Taylor Swift



(Rosemary no filme O doador de memórias)
P.: O que a convenceu a participar do filme O doador de memórias?
R.: Eu recebo roteiros para ler o tempo todo, e até o momento havia intepretado apenas
papéis muito pequenos em uns dois filmes porque estava sempre esperando a coisa certa para
me comprometer de verdade. Quando li o roteiro de O doador de memórias... Bem, em
primeiro lugar, lembrei que tinha lido o livro na escola e que ele mexeu muito comigo na
época. Mas, quando visualizei os personagens sendo interpretados por Jeff Bridges e Meryl
Streep, e todos os outros atores incríveis que já tinham sido confirmados no projeto, me senti
muito honrada em ter sido escolhida para interpretar Rosemary.
P.: Descreva Rosemary para nós. É curioso o fato de, no livro, ela não tocar piano.
Quando recebeu o roteiro a personagem já era uma pianista ou foi você quem incluiu esse
detalhe? Como foi isso?
R.: Rosemary é uma personagem bastante interessante para mim porque ela me parece uma
metáfora do artista moderno, que muitas vezes é alguém frágil, vulnerável e aberto, que
alcança o sucesso justamente por possuir essas características. Mas isso também pode ser sua
ruína. [Rosemary] era muito sensível. Ela se importava demais. Foi exposta a muitas coisas e
não conseguiu lidar [com isso], e acredito que várias vezes vemos a mesma coisa acontecer na
sociedade moderna.
Quando li o roteiro, Rosemary já tocava piano. É muito interessante que ela seja música,
porque, no meu modo de ver, é exatamente esse tipo de ser humano que seria escolhido para
receber as memórias, que de tão sensível e vulnerável poderia acabar sendo totalmente sugado
por elas e entrar em uma espiral descendente por isso.
P.: As memórias são uma parte muito importante do livro. É nelas que a sua
personagem existe, e o Doador evoca memórias diferentes em momentos distintos. Nas
horas difíceis, por exemplo, ele se lembra de Rosemary. Isso é algo que acontece em sua
própria vida? Existem algumas memórias que você carrega consigo, às quais se agarra
dependendo da situação?
R.: Acho que, como compositora, o que eu faço tem tudo a ver com celebrar as memórias.
Quase todas as minhas canções são no tempo passado, uma forma de olhar para trás. É muito
raro eu escrever músicas sobre algo que esteja acontecendo agora. Em sua maioria, elas são
sobre algo que estou revisitando e ao qual não dei o devido valor na época, mas agora dou.
Reavaliar o passado é uma parte importante do meu processo de criação, então participar de
um filme que celebra isso de forma tão magistral é a combinação perfeita.
P.: Você teve alguma preparação especial para o papel?
R.: Para viver Rosemary, busquei uma lembrança da minha própria vida que talvez pudesse
me fazer querer tomar a mesma decisão que ela tomou. E essa é uma memória que sempre me
faz voltar a um estado sobre o qual não consigo falar sem chorar. Eu sabia que, no caso de
Rosemary, se ela iria fazer a escolha que faz no final, que é bastante trágica, eu provavelmente
iria ter que chorar em uma cena, então resgatei essa minha memória e tentei descobrir ao que
precisaria recorrer, em termos de emoção, para alcançar esse estado.
O que mais gostei foi que Phillip [Noyce, diretor do filme] trouxe à tona facetas de
Rosemary que eu não tinha percebido ao ler o roteiro. Ela é um espírito livre e muito inocente,
a filha querida [do Doador] que era uma pessoa essencialmente boa. Acho que isso foi algo
que eu me esforcei para transmitir: a doçura e a gentileza de Rosemary, que não era forte o
suficiente para receber memórias de perda e dor.
P.: Você pode nos falar um pouco sobre o que achou do livro? Por que acha que ele é
tão marcante para os jovens leitores?
R.: Lembro que li O doador de memórias quando ainda estava no ensino médio. Isso faz
tanto tempo que, quando li o roteiro, foi só na página três que me dei conta e pensei: “Ué, já li
isso antes.” Ainda me lembrava de alguns elementos dele. Para mim, a emoção é uma parte
muito importante da vida, e agora, de certa forma, é o meu trabalho. Digo isso porque as
pessoas não ouviriam minhas canções se não estivessem com o coração partido, ou se
sentindo magoadas, tristes e rejeitadas, ou não se identificassem com todas as coisas
maravilhosas que inspiram minha música. As emoções são uma parte fundamental de tudo o
que existe no meu mundo. Então, a ideia de as pessoas poderem ser condicionadas a nem
mesmo saber o que é isso... não consigo imaginar um mundo assim. Simplesmente não consigo.
Um mundo em que não seja possível se apaixonar. Em que não seja possível querer algo que
não se pode ter. Em que não seja possível considerar uma coisa única e especial... E isso sem
falar na música, na simples ideia de não haver música no mundo. Todas essas coisas me
deixaram muito, muito abalada quando li o livro. Então, quando tornei a lê-lo, o que senti na
época voltou com toda a força.
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Então resolvi criar esse blog porque, muita gente não tem dinheiro(tipo eu) ,vou postar livro de qualquer estilo,porque eu qualquer estilos amo ler,quer um livro que eu poste basta pedir na embaixo no meu ask,ok meu nome João Paulo ,comente para eu interagir com vocês.

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