PENNY, CARRIE E BESS são as filhas de Tipper e Harris Sinclair. Harris herdou seu dinheiro aos
vinte e um anos, quando saiu de Harvard, e aumentou a fortuna fazendo negócios que nunca me
dei o trabalho de entender. Ele herdou casas e terras. Tomou decisões inteligentes no mercado
de ações. Casou-se com Tipper e a manteve na cozinha e no jardim. Exibia-a usando pérolas,
em veleiros. Ela parecia gostar.
O único fracasso do meu avô foi nunca ter tido um filho homem, mas não importa. As filhas
dos Sinclair eram bronzeadas e afortunadas. Altas, alegres e ricas, aquelas meninas eram
como princesas de um conto de fadas. Eram conhecidas em Boston, Harvard Yard e Martha’s
Vineyard por seus cardigãs de caxemira e festas grandiosas. Foram feitas para virar história.
Foram feitas para ser princesas e estudar nas melhores escolas, ter estátuas de marfim e casas
majestosas.
Meu avô e Tipper amavam as meninas e não sabiam dizer qual delas amavam mais.
Primeiro Carrie, depois Penny, depois Bess, depois Carrie de novo. Elas tiveram festas de
casamento espalhafatosas com salmão e harpistas, netos loiros e cães divertidos de pelo
amarelo. Ninguém podia ter mais orgulho de suas lindas garotas americanas do que Tipper e
Harris tinham, naquela época.
Eles construíram três novas casas em sua escarpada ilha particular e deram um nome a cada
uma: Windemere para Penny, Red Gate para Carrie e Cuddledown para Bess.
Sou a neta mais velha dos Sinclair. Herdeira da ilha, da fortuna e das expectativas.
Bem, talvez.
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