terça-feira, 28 de abril de 2015

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NO VERÃO DOS QUINZE, cheguei uma semana depois dos outros. Meu pai tinha ido embora e
minha mãe e eu tínhamos todas aquelas compras para fazer, visitas ao decorador e tudo mais.
Johnny e Mirren nos encontraram no cais, bochechas rosadas, cheios de planos para o
verão. Estavam preparando um torneio de tênis para toda a família e tinham separado receitas
de sorvete. Íamos sair para velejar, acender fogueira.
Os pequenos estavam agitados e berravam como sempre. As tias davam sorrisos frios.
Depois do alvoroço da chegada, todos foram a Clairmont para drinques antes do jantar.
Eu fui para Red Gate procurar Gat. Red Gate é uma casa muito menor que Clairmont, mas
ainda tem quatro quartos no andar de cima. É onde Johnny, Gat e Will ficavam com a tia
Carrie — e com Ed, quando ele estava lá, o que não era muito frequente.
Fui até a porta da cozinha e olhei pela tela. Gat não me viu. Estava parado junto à bancada,
usando uma camiseta cinza desgastada e jeans. Seus ombros estavam mais largos do que eu
lembrava.
Ele desamarrou uma flor seca que estava pendurada de cabeça para baixo na janela sobre a
pia. Era uma rosa japonesa pink e de formas vagas, provavelmente da costa de Beechwood.
Gat, meu Gat. Ele tinha colhido para mim uma rosa de nosso local preferido para caminhar.
Tinha pendurado a flor para secar e esperado eu chegar à ilha para me entregar.
Eu já tinha beijado um ou três garotos irrelevantes a essa altura.
Tinha perdido meu pai.
Tinha saído de uma casa cheia de lágrimas e falsidade e ido para a ilha.
E eu vi Gat,
e vi aquela rosa na mão dele,
e, naquele momento, com a luz do sol entrando pela janela e brilhando sobre ele,
as maçãs sobre a bancada da cozinha,
o cheiro de madeira e maresia no ar,
eu rotulei de amor.
Era amor, e me atingiu com tanta força que me inclinei junto à porta de tela ainda entre nós
para me manter de pé. Queria tocar nele como se fosse um coelhinho, um gatinho, algo tão
especial e macio que seria difícil manter os dedos longe. O universo era bom porque ele
existia. Eu amava o rasgo em seu jeans e a sujeira em seus pés descalços e a ferida em seu
cotovelo e a cicatriz que atravessava uma sobrancelha. Gat, meu Gat.
Enquanto ficava ali parada, olhando, ele guardou a rosa em um envelope. Procurou uma
caneta, abrindo e fechando gavetas ruidosamente, então encontrou uma no próprio bolso e
escreveu.
Não me dei conta de que estava escrevendo um endereço até ele pegar um rolo de selos de
uma gaveta da cozinha.
Gat selou o envelope. Escreveu o endereço do remetente.
Não era para mim.
Saí da porta de Red Gate antes que ele me visse e corri pela trilha da costa. Observei o céu
escurecer, sozinha.
Arranquei todas as rosas de um arbusto infeliz e as joguei, uma atrás da outra, no mar
colérico.
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Bem Vindos ao Livro teen


Então resolvi criar esse blog porque, muita gente não tem dinheiro(tipo eu) ,vou postar livro de qualquer estilo,porque eu qualquer estilos amo ler,quer um livro que eu poste basta pedir na embaixo no meu ask,ok meu nome João Paulo ,comente para eu interagir com vocês.

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