terça-feira, 18 de agosto de 2015

AMY ELLIOTT DUNNE QUARENTA DIAS SUMIDA


Encontrei um pedaço de barbante velho e uma garrafa de vinho vazia, e os tenho usado para
meu projeto. Também um pouco de vermute, claro. Estou pronta.
Disciplina. Isso exigirá disciplina e concentração. Estou à altura da tarefa.
Eu me arrumo com o visual preferido de Desi: flor delicada. Meus cabelos em ondas soltas,
perfumados. Minha pele empalideceu após um mês dentro de casa. Estou quase sem maquiagem:
um toque de rímel, bochechas rosadas e gloss transparente nos lábios. Uso um vestido rosa justo
que ele comprou para mim. Sem sutiã. Sem calcinha. Sem sapatos, apesar do frio do arcondicionado.
Tenho o fogo aceso na lareira e há perfume no ar, e quando ele chega depois do
almoço, sem ser convidado, eu o recebo com prazer. Passo os braços ao redor dele e enterro o
rosto em seu pescoço. Esfrego minha bochecha na dele. Tenho sido cada vez mais doce com ele
nas últimas semanas, mas isso é novo, esse contato.
— O que é isso, querida? — pergunta ele, surpreso e tão satisfeito que quase me sinto
envergonhada.
— Tive um pesadelo horrível na noite passada — sussurro. — Com Nick. Acordei e tudo o
que queria era ter você aqui. E de manhã... Passei o dia inteiro desejando que você estivesse
aqui.
— Posso estar aqui sempre, se você quiser.
— Eu quero — digo, e, erguendo meu rosto para ele, deixo que me beije.
O beijo dele me enoja; é mordiscado e hesitante, como um peixe. É Desi sendo respeitoso
com sua mulher violentada e agredida. Ele mordisca de novo, lábios molhados e frios, suas mãos
mal me tocam, e eu só quero que isso termine, quero acabar com isso, então eu o puxo para mim e
abro seus lábios com minha língua. Quero mordê-lo.
Ele se afasta.
— Amy. Você passou por muita coisa. Está indo rápido. Não quero que você tenha pressa se
não quiser. Se não tiver certeza.
Sei que ele vai ter de tocar meus seios, sei que vai ter de se enfiar dentro de mim, e quero
que acabe logo, mal consigo me segurar para não arranhá-lo: a ideia de fazer isso lentamente.
— Tenho certeza — respondo. — Acho que tenho certeza desde que tínhamos dezesseis anos.
Só que tinha medo.
Isso não significa nada, mas sei que irá deixá-lo duro.
Eu o beijo novamente, e então pergunto se ele não quer me levar para nosso quarto.
No quarto, ele começa a me despir lentamente, beijando partes do meu corpo que não têm
nada a ver com sexo — meu ombro, minha orelha —, enquanto eu delicadamente o mantenho
longe de meus pulsos e tornozelos. Me coma logo, pelo amor de Deus. Dez minutos disso e eu
agarro a mão dele e a enfio entre minhas pernas.
— Você tem certeza? — pergunta, se afastando de mim, corado, um cacho de cabelo caído na
testa, como no ensino médio. Poderíamos estar de volta ao dormitório a julgar pelo progresso
que Desi fez.
— Sim, querido — digo, enquanto pego timidamente seu pau.
Mais dez minutos e ele enfim está entre minhas pernas, bombeando suavemente, lentamente,
lentamente, fazendo amor. Parando para beijos e carícias até eu agarrá-lo pelas nádegas e
começar a empurrar.
— Me coma — sussurro. — Coma com força.
Ele para.
— Não precisa ser assim, Amy. Eu não sou Nick.
Isso é bem verdade.
— Eu sei, querido, eu só quero que você... me preencha. Eu me sinto tão vazia...
Isso o excita. Faço uma careta por cima do ombro dele, enquanto ele mete mais algumas
vezes e goza, eu me dando conta disso quase tarde demais — Ah, esse é o seu patético som de
gozo — e fingindo ohs e ahs rápidos, delicados barulhos de gato. Tento produzir algumas
lágrimas, porque sei que ele me imagina chorando na primeira vez.
— Querida, você está chorando — diz enquanto desliza para fora de mim. Ele beija uma
lágrima.
— Estou só feliz — explico. Porque é o que esse tipo de mulher diz.
Preparei alguns martínis, anuncio — Desi adora um decadente drinque vespertino —, e
quando ele faz um gesto de vestir a camisa e pegá-los, insisto para que fique na cama.
— Quero fazer algo por você, para variar — afirmo.
Então vou para a cozinha, pego dois grandes copos de martíni, e no meu coloco gim e uma
única azeitona. No dele coloco três azeitonas, gim, caldo de azeitona, vermute e o resto dos meus
comprimidos para dormir, três deles esmagados.
Levo os martínis, há carinhos e carícias, e tomo meu gim enquanto isso acontece. Tenho uma
agitação que precisa ser anestesiada.
— Você não gostou do meu martíni? — pergunto quando ele toma apenas um gole. — Sempre
me imaginei como sua esposa, preparando martínis para você. Sei que é bobagem.
Começo a fazer um biquinho.
— Ah, querida, não é bobagem. Estava só aproveitando o momento, desfrutando. Mas... —
fala, e vira a coisa toda. — Se isso faz com que se sinta melhor!
Ele está histérico, exultante. Seu pau está escorregadio de conquista. Ele é basicamente como
todos os homens. Logo está sonolento, e depois disso roncando.
E eu posso começar.
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Bem Vindos ao Livro teen


Então resolvi criar esse blog porque, muita gente não tem dinheiro(tipo eu) ,vou postar livro de qualquer estilo,porque eu qualquer estilos amo ler,quer um livro que eu poste basta pedir na embaixo no meu ask,ok meu nome João Paulo ,comente para eu interagir com vocês.

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