terça-feira, 28 de abril de 2015

43



ENCONTRO OS MENTIROSOS no pátio de Cuddledown. A grama está cheia de raquetes de tênis e
garrafas de bebida, embalagens de comida e toalhas de praia. Os três estão deitados sobre
toalhas de algodão, usando óculos de sol e comendo batatinha.
— Está se sentindo melhor? — pergunta Mirren.
Faço que sim.
— Sentimos sua falta.
Eles passaram óleo para bebê no corpo. Dois frascos estão sobre a grama.
— Vocês não têm medo de se queimar? — pergunto.
— Não acredito mais em protetor solar — diz Johnny.
— Ele está convencido de que os cientistas são corruptos e toda a indústria do protetor
solar é uma fraude geradora de dinheiro — diz Mirren.
— Já ouviram falar de queimaduras solares? — pergunto. — A pele fica cheia de bolhas.
— É uma ideia idiota — diz Mirren. — Só estávamos muito entediados. — Mas ela enche
os braços de óleo para bebê enquanto fala.
Me deito ao lado de Johnny.
Abro um saco de batatinhas sabor churrasco.
Fico olhando para o peito de Gat.
Mirren lê em voz alta um trecho de um livro sobre Jane Goodall.
Ouvimos um pouco de música no meu iPhone, pelo alto-falante minúsculo.
— Por que não acredita em protetor solar mesmo? — pergunto a Johnny.
— É uma conspiração — ele diz. — Para vender um monte de creme de que ninguém
precisa.
— Ahã.
— Eu não vou me queimar — ele diz. — Você vai ver.
— Mas por que está passando óleo para bebê?
— Ah, isso não faz parte do experimento — Johnny diz. — Só gosto de ficar o mais seboso
possível o tempo todo.
GAT ME ENCONTRA NA COZINHA, procurando algo para comer. Não tem muita coisa.
— A última vez que nos vimos foi novamente abaixo do padrão — ele diz. — No corredor,
há alguns dias.
— É.
Minhas mãos estão tremendo.
— Sinto muito.
— Tudo bem.
— Podemos começar de novo?
— Não podemos começar de novo todos os dias, Gat.
— Por que não? — Ele dá um pulo para se sentar sobre a bancada. — Talvez esse seja um
verão de segundas chances.
— Segundas, pode ser. Mas depois disso fica ridículo.
— Então apenas aja normalmente — ele diz. — Pelo menos hoje. Vamos fingir que não sou
confuso, vamos fingir que você não está zangada. Vamos agir como amigos e esquecer o que
aconteceu.
Não quero fingir.
Não quero ser amiga dele.
Não quero esquecer. Estou tentando lembrar.
— Só por um ou dois dias, até as coisas começarem a parecer certas novamente — diz Gat,
vendo minha hesitação. — Vamos só passar um tempo juntos até tudo deixar de ter tanta
importância.
Quero saber tudo, entender tudo; quero abraçar Gat bem de perto, passar minhas mãos sobre
ele e nunca mais soltar. Mas talvez esse seja o único jeito de começar.
Aja como uma pessoa normal. Agora mesmo.
Porque você é. Porque você pode ser.
— Já aprendi a fazer isso — digo.
Entrego a ele a sacola de doces que meu avô e eu compramos em Edgartown e o modo
como seu rosto se alegra diante do chocolate me enche de carinho.
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Bem Vindos ao Livro teen


Então resolvi criar esse blog porque, muita gente não tem dinheiro(tipo eu) ,vou postar livro de qualquer estilo,porque eu qualquer estilos amo ler,quer um livro que eu poste basta pedir na embaixo no meu ask,ok meu nome João Paulo ,comente para eu interagir com vocês.

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